PAULO TORRES
Alcunha: Roberto Carlos português
Para começar, nem sei se esta alcunha existe ou não, o que é
certo é que tanto o Roberto Carlos como o Paulo Torres participaram no Mundial
de Sub20 em 1991 e mostraram ao Mundo a sua buja. Acontece que enquanto um
depois ficou mundialmente famoso pelos seus remates com a bola aos s’s, o outro,
bem, o outro vamos lá a ler…
Nascido em Évora, Paulo Torres começou a dar nas vistas nas
camadas jovens do SL Évora, despertando o interesse do Sporting. Completou em
Alvalade o resto da sua formação e Manuel José estreou-o pela primeira vez no
campeonato maior em 88/89. Fez apenas um jogo, mas não era fácil roubar o lugar
a Fernando Mendes. A sua utilização entre a sua estreia e a época 91/92 foi
sempre muito intermitente, nunca conseguiu agarrar o lugar, mas a já falada
participação no Mundial Sub20 garante-lhe a continuidade necessária numa equipa
que passava por momentos conturbados (todos sabemos como foram os anos 90 dos
leões).
Em 92/93, quando o cenário parece estar a mudar…Tudo na
mesma, titularidade na 1ª jornada e a próxima aparição é apenas contra o
Fátima, em Janeiro, nos oitavos de final da Taça. Mas Bobby Robson volta a
dar-lhe a titularidade contra o Benfica, em Março e, apesar da derrota por 1-0,
Paulo Torres parece convencer o técnico inglês e mantém-se na equipa até
final da época, alcançando o seu
primeiro golo em Maio, num estonteante jogo em Guimarães que os leões vencem
por 3-2 (vale a pena ver o vídeo, o golo do Paulo Torres começa aos 6:00). Termina a época com 2 golos (duas bujas, obviamente) e parte como
principal lateral para a época seguinte.
A época 93/94 não corre de feição ao Sporting, com Sousa
Cintra a cometer um erro histórico (troca do grande Bobby Robson pelo treinador
da moda Carlos Queiroz). Perdem o campeonato em casa (a substituição de Paulo
Torres por Pacheco ficará na história do futebol português) contra o seu eterno
rival e perdem a final da Taça após finalíssima contra o Porto. Paulo Torres
faz 5 golos nos 43 jogos em que participa e as coisas parecem encaminhar-se
para uma carreira bastante promissora. Puro engano!
Queiroz utiliza-o apenas em 7 jogos na época seguite e acaba
por ser dispensado para Campo Maior, onde partilha o balneário com jogadores
como Paulo Sérgio (GR), Gila, Nuno Afonso, Arriaga, Portela (ex-Farense), Goran
Stefanovic (também ex-Farense) e um tal de … Jimmy Floyd Hasselbaink. Apesar
destes craques todos, o clube alentejano não evita a despromoção e Paulo Torres
prossegue a sua meteórica queda. Duas épocas no Salamanca (15j/0g), Rayo
Vallecano (zero jogos), Chaves (10j/1g), Legañés (zero jogos), Torreense(25j/1g), Penafiel (2j/1g) e termina
a carreia no Imortal, com um jogo efectuado. O que prometia ser uma grande
carreira transformou-se num aparente pesadelo para um jogador que era
considerado por muitos o melhor defesa esquerdo português dos anos 90. Fez
apenas dois jogos pela Selecção.
Uma carreira com altos e baixos e também com poucos golos (apenas 10), o
que não deixa de ser curioso num jogador que tinha um pontapé que fazia as partes baixas de qualquer Vital se arreganharem.
Passou para a carreira de treinador a partir de 2003,
inciando a sua carreira em Peniche e já com passagens por Fátima, Barreirense,
Bombarralense, Rio Maior, Torreense, At. Reguengos e Sp. Bissau. Está
actualmente a orientar a selecção da Guiné Bissau. Um vasto currículo para quem
tem apenas 42 anos de idade.
Como prova o seguinte vídeo, deixou saudades em Rio Maior:
Grande Bujas, saúdo o teu regresso!
ResponderEliminarApenas uma precisão: em 92/93 o treinador do Sporting era o Robson. Ou a história que contas é de 91/92?
Abraço
Hey Bujas, afinal estás vivo méne!
ResponderEliminarWelcome back!
Abraço
Obrigado pessoal! Já corrigi a parte do Marinho Peres, tinhas razão, era mesmo o Sir Bobby Robson! Abraço
ResponderEliminarGRANDE BUJAS!!
ResponderEliminarbem-vindo, estava a ver que não!
Muito boa recordação, o Sporting doas anos de Figo e Balakov ficará para a eternidade, mesmo sem o desejado título.
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