Quem acompanha este blog sabe da admiração que existia pelo trabalho de Jorge Jesus. Essa admiração esfumou-se no dia em que foi assassinado o contrato que ele mantinha com o Benfica. Treinando o rival, o nosso rival Sporting, essa admiração dava lugar a um reconhecimento pelo seu indiscutível valor, mas nunca admiração pelo seu trabalho.
Na noite em que soube do assassinato do contrato não consegui dormir como um trabalhador contribuinte do estado deve dormir. Dormi mal. Virava-me para um lado, virava-me para o outro, pensava em nomes para o lugar de Jorge Jesus e vinha-me à cabeça o nome do Rui Vitória... O sono tardava em chegar. Será que o Vieira me surpreendia? Será que o Vieira, que tem um historial péssimo na escolha do treinador, ia acertar desta vez?
Chegou o Rui Vitória e eu já conseguia adormecer bem. Fui a correr comprar o livro do homem, li aquilo enquanto o diabo esfrega um olho, depois daquela maravilhosa apresentação vibrante de benfiquismo, com um mini cortejo de benfiquistas a segui-lo enquanto ele passava pelo nosso grandioso Museu Cosme Damião, gritando "Vitória! Vitória! Vitória!". Bastaram aqueles momentos para me render ao novo treinador. O homem até tinha feito um bom trabalho no Vitória de Guimarães... É deixá-lo trabalhar - pensava eu.
Chegou a pré-época e desculpei-lhe tudo. Os milhões que entraram nos bolsos do Benfica e o prestígio que se ganhou por andar a carregar o nome do Benfica pelas américas foram mais importantes do que uma preparação pensada com o objectivo de preparar a equipa física e animicamente para uma nova realidade. A culpa disto não era do Vitória, raios!
Chegaram os primeiros jogos oficiais e o que pudemos vislumbrar do trabalho do Vitória?
- A defesa desaprendeu. Péssima transição defensiva, péssima organização defensiva. Isto é treino, amigos, o que me leva a crer que o trabalho que está a ser desenvolvido a este nível é duma qualidade muito suspeita.
- O ataque desaprendeu. Para Rui Vitória importa ter muita intensidade! Foram feitos quase 60 cruzamentos no jogo contra o Arouca e cerca de 30 remates. Isto é, sem dúvida, intensidade. Mas ao mesmo tempo é muito mau sinal. É sinal que agora o que importa não é o jogador decidir bem mas sim visar a baliza nem que a probabilidade de fazer golo seja 2%.
- Em 2015, fazer quase 60 cruzamentos num jogo é sinal de que:
a) a equipa deu tudo o que tinha animicamente e correu que se fartou
b) foi fácil chegar ao último terço
c) não se soube o que fazer com a bola no último terço
d) quando se têm 3 jogadores numa ala, em inferioridade numérica, e 3 jogadores plantados, estáticos, na área, também eles em inferioridade numérica, a única solução é mesmo cruzar
- Júlio César está a ser o que Preud'Homme já foi
- Nelson Semedo e Lisandro mostram potencial mas só vamos saber se o cérebro consegue corrigir as debilidades posicionais se o cérebro de Rui Vitória também for capaz de corrigir debilidades posicionais da equipa
Eu acreditei que o Benfica podia dar a volta à eliminatória de Vigo. Eu acreditei que o Benfica podia ser campeão com o Artur Jorge, com o Autuori, com o Souness, com o Camacho, com o Quique, com o Koeman e com outros que tais. Eu acreditei que o Peixe, o George Jardel e o Anderson Luís eram os reforços de que o Benfica precisava naquele ano. Eu acreditei que o Glen Helder vinha para se assumir como a principal estrela do futebol nacional.
Eu acredito no Benfica do Rui Vitória. A razão para acreditar é o último parágrafo antes deste.
Assassinado? E a polícia não faz nada?
ResponderEliminarEscandaloso... Mas não!
EliminarEu também acredito e acreditarei sempre, já vi o Benfica a 20 pontos do porto a faltarem 7 jornadas e eu acreditava que podiamos ser campeões, quem não acredita não é Benfiquista é benfiquisto.
ResponderEliminarO assassinato só pode ser de quem empunha a metralhadora.
ResponderEliminarEu acredito no que vejo e o que vejo é tudo muito pobrezinho.
Estamos em sétimo, acredito que vamos chegar ao terceiro.
Infelizmente, estamos todos certos.
ResponderEliminarPodes acreditar no chouriço vitória porque percebes pouco de futebol. O homem em dois meses tornou irreconhecível uma das equipas que praticava melhor futebol. As substituições contra o Arouca deviam fazer parte de uma antologia do disparate. O livro que leste, gabo-te a paciência, se tiver uma ideia inteligente e original, é uma enorme surpresa para mim. Agradecia que a transcrevesses.
ResponderEliminarsou eu a perceber pouco de futebol e tu a perceberes pouco de língua portuguesa. Sugiro que releias o post com um professor de português ao lado para te auxiliar. Abécula.
EliminarTu acreditas por que tens necessidade de acreditar. Eu não acredito. Eu tenho a certeza que tu és um cabotino. Sabes lá tu quem foi o Artur Jorge. E fica sabendo, o Artur Jorge não é campeão no primeiro ano de Benfica, porque teve uma tremenda infelicidade (foi operado à cabeça, e não pôde dirigir a equipa durante vários meses ), e mesmo assim, podia ter sido campeão se o Benfica não é espoliado de um golo limpo com o leiria, e de um penalty claro a seu favor, antes do penalty que dá vitória aos porcos. Quanto a abéculas estamos conversados!!!!
ResponderEliminarSe sou um cabotino então que serás tu que perdeste tempo a ler o texto dum cabotino, a comentar o texto dum cabotino, a regressar ao blog dum cabotino, a ler o comentário de resposta do cabotino e a voltar a comentar no blog dum cabotino?
EliminarNeste blog cabotineiro não se fala de arbitragens. Até podes ter razão e podíamos ter sido campeões com o Paredão a central, não é disso que o texto fala! E sim, eu acredito porque tenho necessidade de acreditar, não tenho motivos para acreditar no Rui Vitória mas vou para o estádio a acreditar sempre na vitória. Fizeste bem em chamar o professor auxiliar para te dar uma bengalinha numa 2ª leitura mais atenta.
Eu sou um benfiquista que desespera por ver o Benfica fazer ciclicamente hara-kiri, e tipos que se dizem benfiquistas e que despendem imenso tempo para ter um blog, desperdiçarem o espaço com fait-divers, em vez de reflectirem e tentar elucidar os adeptos dos cíclicos hara-kiri.
ResponderEliminarO Paredão não fazia parte da equipa que eu me referi. Mas como ironia com base na ignorância não funciona, informo-te que ele jogou no Chelsea, penso eu de que!
Tens razão! O Paredão veio no ano seguinte. Já foi há muito tempo, tenho desculpa!
EliminarEu escrevo sobre o que quero escrever. Eu perco tempo com o que quero perder. Tu não mandas em mim. Não gostas? Põe à beirinha do prato. Quem diz é quem é, lava a cara com chulé.
Bujas a mandar bujas?
ResponderEliminarBem-vindo de volta