Conta aquela, avôzinho! Nº8

Dias da Cunha - A Génese do Sistema


“O campeonato já a-ca-boooou!
As taças estão-se a a-ca-baaaaar!
Ai Vale Buj’Ai Vale Buj’Ai Vale Bujas
Dá cá um postzão p’ra eu co-men-taaaaar!”

Eu sei, eu sei. Já passou muito tempo desde o último post, mas enquanto um anda em constante luta com os animais mais mortíferos do planeta lá na Austrália, o outro ficou gordo do cérebro e esqueceu-se da password do blog. Obviamente não ficámos indiferentes a esta bonita quadra que um leitor anónimo nos enviou e, por isso, hoje vai sair um post fresquinho para os nossos estimados leitores.

Esta época foi um fartote. Falou-se pouco de futebol porque o Bujas hibernou mas de colinhos, sistemas e andores, ui, era só ligar a TV. Ora bem, como todos sabemos, Dias da Cunha foi um dos grandes impulsionadores da palavra “sistema” no futebol português, ainda que, com José Roquette, os leões já tivessem feito um “luto pela verdade desportiva”. Mas foi com Dias da Cunha que esta expressão tomou outros contornos.



Agosto de 2000, o Sporting tinha acabado de se sagrar campeão nacional 18 anos depois e um novo presidente entra em cena. Dias da Cunha vem para presidir o clube do seu coração e para dar um rumo ao Sporting até 2006, altura em que é substituído por Soares Franco. A defesa do título corre mal e o Sporting acaba em 3º, mas na época seguinte volta a reconquistar o campeonato, muito por culpa de Jardel e João Pinto, dupla maravilha que não deu hipótese aos adversários. Este foi, até à data, o último campeonato conquistado em Alvalade.

“Este Bujas volta das férias e vem para aqui contar coisas que toda a gente sabe, enfim, vou já tirar o like, eliminar da lista de blogs, do orkut, etc, etc.” 
Calma pessoal! Isto tem que ser tudo contado, não é assim do nada… Temos que entrar no espírito. Calma!

Ora bem, a partir sensivelmente da época 2003/2004, Dias da Cunha começa a tornar-se repetitivo nas análises a alguns jogos do Sporting, recorrendo a um tal “sistema” que impede o Sporting de ir à frente no campeonato. Tudo muito estranho mas normal. É o papel dele, o de tentar defender os interesses do seu clube da melhor forma possível e, quando se despede do futebol em 2006, quase ninguém fica indiferente ao tema. Como um cachorrinho a mijar para um poste, Dias da Cunha deixa a sua marca.



Mas…Porque raio o homem começou a falar disto de repente? O Sporting em 4 anos tinha ganho 2 campeonatos! Tudo bem que em 2003 acaba a época 27 pontos do Porto, mas afinal de contas o que se passou para Dias da Cunha lançar um ataque ao sistema? Meus amigos, como é óbvio, o Ai Vale Bujas sabe o que se passou e irá contar-vos em primeira mão: 

a culpa foi do amor!  

Não, ninguém andou a meter selos de LSD debaixo da língua aqui no tasco, Dias da Cunha saiu de coração partido do futebol português e a mulher que lhe partiu o coração foi, nem mais nem menos do que… Ana Maria Salgado!

“Quem?” perguntam os mais desatentos. “Ah, já vi tudo!” exclamam os mais astutos. Nós respondemos: a irmã gémea de Carolina Salgado! Hehehehehe

Durante a sua presidência, Dias da Cunha tornou-se amigo pessoal de Pinto da Costa (que aparece na foto do lado esquerdo com umas orelhas à maneira e um bigode bem sexy). Naquele tempo PdC morria de amores e de bufas por Carolina Salgado, sua companheira durante três anos (2003-2006). Os dois presidentes tornaram-se aliados, os seus clubes respiravam saúde e o Benfica andava pelas ruas da amargura. Até o Boavista ganhava campeonatos! Como passavam muito tempo juntos, Pinto da Costa apresenta Carolina e Ana Maria a Dias da Cunha. Escusado será dizer que o presidente leonino apaixona-se à primeira vista. Oh, como o amor é lindo, nós é que o vamos destruindo…

Várias vezes almoçaram e jantaram juntos os quatro, em amena cavaqueira, e a confiança foi crescendo entre os casais, parecendo tudo correr às mil maravilhas. Até que Dias da Cunha, completamente apaixonado, decide comprar um apartamento a Ana Maria Salgado e colocá-lo... Em nome dela…Big mistake mas nota 10/10 no golpe do baú, sim senhora! 

Após um dia de trabalho árduo, Dias da Cunha desloca-se ao Porto para visitar a sua amada, no seu novo apartamento. Obviamente e como bom romântico que é, o Don Juan de Alvalade pára numa florista e compra um ramo de rosas. “Ai, estou nas nuvens…”, terá pensado para ele. Quando chega ao apartamento acontece o que vamos passar a relatar:

*Trrrriiiiiiiim*
- Quem é, carago?
- Sou eu amor, o Didi.
- Quem? Fuoda-se raisparta o caralho dos miúdos a tocar às campainhas, se vou aí parto-vos a tromba ó canalhada!
- Não, querida. Sou eu, o António!
*som da porta a abrir-se*
- Olá amor! Ui, que cheirinho bom, estás a fazer tripas? Era mesmo o que eu queria!
- Tripas é cuoralho. A casa é minha, abôzinho, tu não entras mais nesta casa, põe-te nas poutas.
*som da porta a fechar-se com grande estrondo na cara de Dias da Cunha



Dias da Cunha fica à porta do apartamento, desconsolado, com as rosas na mão, sem saber o que fazer. Liga a Pinto da Costa, que não o ajuda em nada, e acaba por seguir para sua casa, completamente de rastos, de coração partido. A partir daqui é o que todos sabemos: o sistema isto, o sistema aquilo… Coincidência? Não me parece! Tanto é que, passado uns anos disto acontecer, sai o Apito Dourado e Carolina lança um livro a contar várias histórias sobre Pinto da Costa. 

Moral da história: se tiverem pilinha, quando comprarem um apartamento, metam-no em vosso nome. 
Moral da história 2: se tiverem mamas não vale a pena comprarem um apartamento, esperem pela entrada do Dias da Cunha na vossa vida
Moral da história 3: o apito dourado, bem lá no fundo, resume-se a várias histórias de amor em ambiente de puteiro
   

E agora espaço para um momento musical...

                                   
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