Quando eu era pequenino tinha um quintal na
casa dos meus pais. Nesse quintal tinha uma bola e um avô. Eu chateava o
meu avô todos os dias para jogar nem que fossem só 5 minutos comigo.
Preparava-me o dia todo para aqueles 5 minutos. Chutava
a bola contra a parede e a seguir atirava-me para o chão para defender a
minha bola. Eram os meus treinos. Ia ao quarto e recortava o emblema da
federação sueca de futebol para dizer ao meu avô que hoje ia ser o
Ravelli. Noutros dias era o Jorge Campos com o emblema do México.
Preparava-me horas para ser um GR à altura. Recortava o emblema das
federações e colava-o com fita-cola à camisola. Era coisa para aguentar
uns 2 minutos na camisola enquanto o meu avô disparava bujas que me
deixavam as mãos a arder. Ele nunca precisava de emblemas porque já o
tinha por dentro da pele.
- Quem és hoje, avô?
- Sou o Eusébio
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Excelente.
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